No mês passado, conheci Jamile Antonio, minha médica. Em 2004, eu tive um câncer de tireóide, fiz uma cirurgia e Jamile era a assistente do meu médico, foi me ver todos os dias, enquanto fiquei internada. No ano passado, fiz um novo intervento, mas Jamile não fazia mais parte da equipe, tinha se mudado para Itália, para uma cidade pequena perto de Pordenone. Reencontrei-a agora, em março de 2010. Antes de partir, avisei meu médico e ele disse que Jamile estava na Itália, trabalhando em Aviano, no mesmo hospital que Mauricio, meu amigo, se trata. Uma coincidência bem feliz. Fui lá, Jamile me ajudou muito, farei o meu acompanhamento com ela. Sua vida profissional virou de ponta cabeça. No Brasil, era cirurgiã de cabeça e pescoço. Aqui, a modalidade não existe, então, trabalha com a área de otorrino. Seu diploma ainda não foi reconhecido, o processo é longo, e Jamile não pode trabalhar como médica, atua como 'observadora', mas, apesar de tudo isso, acha que a opção foi acertada. Tem três filhos gemêos e, na Itália, sabe que eles poderão crescer bem, com escola gratuita, saúde pública que funciona e longe da violência de São Paulo.
Ontem, na Piazza Campo di Fiore, a Roma, mais um brasileiro, de São Paulo, (não me lembro o nome, mas vou voltar lá e descubro) também usou o argumento da violência no Brasil para justificar a mudança para a Itália: 'aqui eu trabalho de porta aberta'. Ele tem uma banca de revistas no centro, vende um monte de bonequinhos do Ben 10, figurinhas etc. Sofia virou freguesa.
A terceira é Sueli, mineira como eu. Mora em Roma há três anos, trabalhava em salão, mas, com a crise, tem feito faxina e agora é a babá de Sofia para os dias de curso. Dois dias por semana ficará com Sofi, em casa. Estou feliz por tê-la encontrado.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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