terça-feira, 20 de abril de 2010

'Girare' a destra, 'girare' a sinistra

Ainda no assunto transporte, domingo dirigi em Roma pela primeira vez. Que emoção! Mas que 'paura'. Antes de vir para Itália, tirei minha carteira de motorista internacional e a exibi aos quatro cantos, mas na hora de entrar na 'cidade eterna' guiando uma máquina possante, bem diferente do meu Fox 1.0 - em tamanho e potência -, deu um medo tremendo. Andrea me incentivou, mas viu o meu pânico. Não pisquei os olhos e acionei o pisca-alerta cinquenta mil vezes. Também não conseguia desligá-lo... Mas, mesmo assim, cheia de medo, entrei no centro histórico romano, dei uma 'voltinha' pelo Lungo Tevere, atenta a todos os 'motorinos', às filas duplas (coisa mais comum em Roma) e a todos os muitos, muitos pedestres, em geral, turistas, desatentos, caminhando lentamente, encantados com a cidade e nem por aí com os carros, ou melhor, 'le machine' (será assim o plural!!). Segui pelas ruas estreitas, mas muito estreitas do bairro de Trastevere, olhando para ver se o retrovisor não batia em nenhum lugar, digamos, histórico, ou nos famosos turistas. Estava atenta às orientações do GPS de voz simpática, que dizia: 'girare a destra, girare a sinistra', mas olhava no dedo do anel para ter certeza da direita e da esquerda. Confusão da língua, confusão por conta de um tico de deslexia que eu devo ter. Quando Andrea disse que podíamos parar em algum lugar para comer, parei súbito, na primeira vaga, 'a sinistra', aliviada, mas feliz. Depois do vinho do almoço, degustado com prazer num restaurante siciliano, resolvi deixar o volante em mãos mais seguras...

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